domingo, 25 de dezembro de 2011

Pensando...

Ver uma criança hiperativa crescendo é engraçado, observá-los é muito interessante sem contar a importância que esse ato tem.
A medida que meu filho cresce e eu o observo, vou aprendendo mais e mais a ser "Gente", somos mãe e filho...e tb amigos...descubro como entender este mundo tão agitado e impulsivo em que ele vive...um mundo criativo, feliz! Isso também me estimula....
Fico feliz por ver que conquistamos juntos todas as lutas, a vitória é nossa em conjunto...somos uma dupla digamos....dinâmica!
Assim sendo, não posso dizer que vejo obstáculos, que me desanimo diante as dificuldades que se apresentam em nosso caminho pois eu sei...quando eu esmorecer, aquele sorriso me renovará!
Ao meu filho e a todas as mamães e filhinhos....FELIZ NATAL!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Pai desisti do futebol por sua causa



Para reflexão! Carta de um menino (Júnior) que amava muito o Pai.

Pai, eu estou escrevendo esta carta porque como sou muito pequeno e as pessoas não ligam para as opiniões das crianças e pode ser que com uma carta eu possa me expressar sem ser criticado. Os adultos não aceitam a opinião das crianças, principalmente quando estão nervosos por causa do jogo.
As pessoas não olham as crianças como pessoas que têm direito de ter opiniões e que elas possam estar com razão naquilo que elas falam.
Quando os adultos não concordam com a gente, mesmo que a gente tenha razão, principalmente quando eles estão nervosos, nós é que sofremos as conseqüências e não temos como nos defender. Nestas ocasiões somos obrigados a ficar calados e isto é o pior que pode acontecer para o nosso futuro.
Pode ser que quando você estiver calmo, possa ler esta cartinha e refletir sobre tudo que estou dizendo aqui e não brigar comigo. Eu gosto muito de jogar futebol e eu quero ser um atleta de sucesso. Para isso eu conto principalmente com o seu apoio e ajuda.
Quando conseguimos vencer uma partida eu fico muito feliz, meus colegas e treinadores também, mas o que eu mas gosto é de ver você feliz. Porém quando nós perdemos, eu quero que saibas que eu, meus colegas e treinadores, somos aqueles que mais sentem a derrota.
Preciso, nesta hora, do seu apoio e incentivo, mas nem sempre é assim, você reclama, grita, briga comigo e reclama dos meus companheiros e treinadores.
Pai, isso me deixa ainda mais arrasado porque você é a pessoa mais importante na minha vida e não quero vê-lo triste por minha causa, e culpar meus companheiros e treinadores só piora as coisas pra mim.
Vencer ou perder é conseqüência de uma série de fatores algumas vezes alheios à nossa vontade.
Eu preciso da sua ajuda para poder aceitar a derrota com dignidade e encontrar forças e confiança para poder vencer a próxima partida.
Pai, quando você fica do lado de fora tentando me dar instruções durante a partida, na realidade você me prejudica mais do que ajuda, pois eu preciso ajudar os meus companheiros no esquema tático que foi combinado no vestiário e não consigo prestar atenção, ao mesmo tempo, no jogo, no meu treinador e em você.
Eu não quero ser um filho desobediente, mas como obedecer as suas ordens e a do treinador ao mesmo tempo?
Outra coisa, não fique triste caso eu faça algum gol e comemore antes com os meus companheiros que lutaram para que eu pudesse fazer o gol para o nosso time.
Quando você xinga o árbitro ou responde a torcida adversária, eu fico muito nervoso com medo que comece uma confusão e acabe em brigas.
Pai, quando um companheiro meu fizer alguma coisa de errado, não brigue com ele, porque eu também posso fazer a mesma coisa, pois estamos todos aprendendo, e você não gostaria que o pai dele me criticasse não é!
Substituição no futebol é sempre uma ação estratégica e temporária, por isso peço que não reclame e ofenda meu treinador porque ele tem um plano em mente e precisa alterar o plano a cada situação. Muitas vezes o treinador substitui um atleta para que ele possa descansar um pouco, outras vezes pode ser porque naquele dia ele não está bem. Tenha certeza de que ele está tentando fazer o melhor para a nossa equipe e a interferência dos pais só nos prejudica emocionalmente.
Pai, eu te amo muito, me ajude a ser um bom atleta atendendo aos poucos e simples pedidos que aqui eu faço a você, pois prefiro desistir do Futebol a ver você envolvido em brigas com outras pessoas.
Quero que você tenha orgulho de mim, tanto na vitória quanto na derrota, pois nós tentamos fazer a nossa parte com dedicação.
Com amor, seu filho Júnior.
P.S. Este menino que escreveu esta carta desistiu do Futebol.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

DESABAFO ...Hoje o bichinho me picou...

Que irônico! A descrição desse blog é que o TDAH não faz da criança um incapaz...E eu estou aqui me perguntando, será que faz dos pais?
Hoje estou me sentindo com medo...medo de ser incapaz de tirar do meu filho o melhor que a capacidade dele oferece, não sei que caminho lhe oferecer...
Campeonato de futebol, filhote animado, clube lotado ... lá fomos nós!
Claro que com certos detalhes eu já contava como por exemplo: não parar, não ficar sentado no banco de reservas, não parar de falar, de fuçar nas coisas..
Ele foi no banheiro, foi pro canto da quadra bater um papo com outros meninos de outro time, ele entrou em quadra quando não era ainda a sua vez e ficou esperando a bola pq não estava prestando atenção quando o treinador chamou os jogadores, etc...bom, essas coisas já eram esperadas, tive que ficar atras do banco de reservas pra tentar controlar, normal ...
E eu fiquei me perguntando...quase perguntei pro treinador: - Ei! Não vai chamar meu filho pra entrar não?
Ficou por ultimo e logo eu entendi porque...
O João simplesmente se desliga ...se distrai nas horas mais impróprias, inesperadas...nem no futebol ele se concentra...todo mundo esperando ele chutar a bola, defender, marcar e ele num mundo a parte!
Meu Deus, eu fiquei brava com vontade de gritar: - Presta atenção!
Daí eu lembrei, ATENÇÃO...ele tem déficit...
Daí pensei: Isso é característico, não é?
Daí pensei: Será que o futebol é mesmo legal pra ele? Não vai ser frustrante mais a frente? Mais estudos afirmam que praticar esporte é bom ...
Ai gente...perdi o rebolado hoje...tive vontade de chorar, na verdade...saí do clube chorando, por medo de estar escolhendo errado pra ele...assustada ...revoltada com esta síndrome!
Mais vi ele saindo todo contente da quadra me perguntando: - Mãe, eu joguei bem?
- Jogou sim meu filho, parabéns!

Agora que passou um pouco a tensão toda estou refletindo sobre uma coisa:

Eu vivo dizendo pra ele, não desista meu filho diante as dificuldades...e vi que ao se dar conta que havia se distraído ele conseguia recuperar o controle e voltava atras da bola, esforçando-se, superando-se... então eu percebi que talvez esteja me cobrando demais, ele curtiu o jogo, pra ele foi tudo brincadeira...e foi mesmo! Ele se divertiu, e pra mim é isso que importa!
Meu filho feliz, meu filho feliz, meu filho feliz!!!



SAI BICHO

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

* V Congresso Internacional da ABDA *


No dia 5 de agosto de 2011, durante o V Congresso Internacional da ABDA foi realizado um Fórum especial cuja temática central era TDAH, Legislação e Inclusão, com o intuito de debater leis específicas para inclusão que assegurem os direitos dos portadores de TDAH.
O fórum foi moderado pela Presidente da ABDA – Iane Kestelman e contou com a presença da Deputada Federal Mara Gabrilli, Deputado Federal Dr. Aluízio, Desembargador Antonio Carlos Malheiros - Coordenador da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de S. Paulo e Dr. Antonio Geraldo da Silva – Presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria.
O QUE ROLOU
O debate se fundamentou em três pilares principais: o Projeto de Lei nº 7081 de 2010, na ausência de políticas públicas na saúde para os portadores e postura do Judiciário frente aos direitos dos pacientes.

Então, aqui vai um pouquinho de tudo :

Desembargador defende que casais adotantes façam curso sobre TDAH
Se o Legislativo se empenha em aprovar leis em prol dos portadores de TDAH e de outros transtornos, o Judiciário precisa fiscalizar seu cumprimento. “O Judiciário que cuida da inclusão leva à cidadania”, defende o desembargador Antonio Carlos Malheiros, coordenador da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de S. Paulo.
Malheiros comentou ainda que pretende adotar em São Paulo uma medida já aplicada em Minas Gerais com relação à adoção: abordar o TDAH, a dislexia e outros transtornos em cursos para os casais adotantes. A medida visa a evitar que eles devolvam crianças ‘levadas’ por falta de conhecimento de que talvez elas tenham TDAH, por exemplo. Pioneiro, o estado de Minas Gerais também investiga o motivo da eventual devolução. Dependendo da razão, o casal adotante tem que depositar em juízo uma quantia para benefício futuro da criança.
NÃO HÁ TRATAMENTO PARA TDAH NA REDE PÚBLICA, denuncia presidente da Associação Brasieira de Psiquiatria - ABP
No que se refere ao TDAH, Antonio Geraldo Silva denuncia a ausência de tratamento no SUS: “O que temos de tratamento para TDAH definido pelo Ministério da Saúde? Ir para CAPS? O que nós precisamos é de um sistema ambulatorial, com psicólogo, psiquiatra. Passar o dia todo no CAPS é caro, e além do mais só atende a uma parcela da população com psicose. E as pessoas com TDAH, depressão, ansiedade, transtornos alimentares? A sociedade civil é que correu atrás de tratamento com ONGs, por exemplo.”
O deputado federal Dr. Aluizio (PV-RJ) acrescentou que as autoridades sanitárias precisam se conscientizar de que o TDAH é um problema de saúde pública, uma vez que o transtorno “é uma porta aberta para a dependência química”. O parlamentar defende a adoção de uma política pública de distribuição do remédio para tratamento do TDAH, a exemplo do que já ocorre com Aids, diabetes e tuberculose.
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Não apenas a ABDA, mais também nós - A Família - agradecemos o apoio e o engajamento de todos os participantes deste Fórum na causa dos portadores de TDAH e seus familiares.
À Deputada Mara Gabrilli, relatora do nosso projeto de lei na Câmara dos Deputados, o nosso especial afeto e profunda gratidão pela forma sensível com que abraçou a luta pela inclusão de milhares de crianças e adolescentes com TDAH cujo direito a portar esta especificidade ainda é negada por vários segmentos da sociedade brasileira.
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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

NÃO EXISTE CONTROVÉRSIA SOBRE A EXISTÊNCIA DO TDAH?

Não, nenhuma. Existe inclusive um Consenso Internacional publicado pelos mais renomados médicos e psicólogos de todo o mundo a esse respeito. Consenso é uma publicação científica realizada apos extensos debates entre pesquisadores de todo o mundo, incluindo aqueles que não pertencem a um mesmo grupo ou instituição e não compartilham necessariamente  as mesmas idéias sobre todos os aspectos de um transtorno.

POR QUE ALGUMAS PESSOAS INSISTEM QUE O TDAH NÃO EXISTE?



Pelas mais variadas razões, desde inocência e falta de formação científica até mesmo má-fé. Alguns chegam a afirmar que "o TDAH não existe", é uma " invenção" médica ou da indústria farmacêutica, para terem lucros com o tratamento.
No primeiro caso se incluem todos aqueles profissionais que nunca publicaram qualquer pesquisa demonstrando o que eles afirmam categoricamente e não fazem parte de nenhum grupo científico. Quando questionados, falam em " experiência pessoal" ou então relatam casos que somente eles  conhecem porque nunca foram publicados em revistas especializadas. Muitos escrevem livros ou têm sítios na internet, mas nunca apresentaram seus "resultados" em congressos ou publicaram em revistas científicas, para que os demais possam julgar a veracidade do que dizem.
Os segundos são aqueles que pretendem "vender" alguma forma de tratamento diferente daquilo que é atualmente preconizado, alegando que somente eles podem tratar de modo correto.
Tanto os primeiros quanto os segundos afirmam que o tratamento do TDAH com medicamentos causa consequências terríveis. Quando a literatura científica é pesquisada, nada daquilo que eles afirmam é encontrado em qualquer pesquisa, em qualquer país do mundo. Esta é a principal característica destes indivíduos: apesar de terem uma "aparência" de cientistas ou pesquisadores, jamais publicaram nada que comprovasse o que dizem.


Porque desinformação, falta de raciocínio científico e ingenuidade constituem uma mistura perigosa.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

"ATENÇÃO PROFESSOR!!!"

Qual é a dificuldade mais importante do aluno portador de TDAH? O que mais atrapalha no desempenho escolar deste aluno?
Ao conseguir responder essas perguntas, o professor cria melhores condições para traçar as estratégias que aplicará em sala de aula. Quando se conhece aquilo que de fato tem atrapalhado o bom desempenho de um determinado aluno fica mais fácil pensar em solução viáveis e eficazes.
Saber distinguir o que o portador é capaz de fazer do que ele não é, e assim não criar expectativas irreais. 
Cuidado para não repreender o tempo todo: sintomas primários NÃO podem ser punidos!


Recompensar progressos sucessivos ao invés de esperar pelo comportamento perfeito! Essa é uma dica de ouro! Independente de ser portador de TDAH, essa dica deve valer para todos e para todo processo de mudança importante. Para o TDAH é ainda mais válido porque os portadores tem mais dificuldade em lidar com recompensas a longo prazo.


RECURSOS
Todos os recursos abaixo podem e dever ser usados para as alunos portadores de TDAH. Construí-los de uma forma divertida e em grupo com os alunos ajuda ainda mais a engajá-los na importância de tais ferramentas.
  • Lembretes em agendas e/ou cadernos
  • Listas de tarefas
  • Anotações em provas e trabalhos
  • Quadro de Avisos e cronogramas, servindo como ferramentas organizadoras de horários e datas importantes.
  • Uma outra dica ainda dentro dessa dica é eleger juntos com os alunos alguns representantes para serem responsáveis por cada um desses recursos.

O importante é o resultado e não o processo. Esse é um dos conceitos da educação inclusiva que não pode ser perdido de vista. O ideal não é tentar encaixar a todo custo um aluno com especificidades em um modelo educacional que mais dificulta do que facilita o aluno portador de TDAH a desenvolver sua competência.


Mais ....no site: www.tdah.org.br